Foto: Antonio Scarpinetti/Unicamp |
Alexandre Matos
Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu uma nova rota, mais eficiente, para a produção de atorvastatina. A substância é o princípio ativo do medicamento mais vendido no mundo, o Lipitor, utilizado para a redução dos níveis de colesterol no organismo.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu uma nova rota, mais eficiente, para a produção de atorvastatina. A substância é o princípio ativo do medicamento mais vendido no mundo, o Lipitor, utilizado para a redução dos níveis de colesterol no organismo.
Segundo o coordenador da pesquisa, Luiz Carlos Dias, que também é professor do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, a patente do medicamento no Brasil expirou em dezembro de 2010 e a descoberta da nova rota de produção é um passo importante para o desenvolvimento de um genérico brasileiro do Lipitor.
O pesquisador explicou que para se chegar a essa inovação foi preciso preparar o princípio ativo de maneira diferente: "Chegamos exatamente à mesma molécula, em sua forma mais ativa - já que ela tem quatro polimorfos, com maneiras diferentes de cristalizar. Trata-se de um genérico produzido a partir de uma rota doferente e mais curta, suprimindo a utilização de diversos insumos", destaca.
Dias informou que apenas em 2009 a indústria farmacêutica Pfizer faturou cerca de R$ 400 milhões com a venda do Lipitor no Brasil e 13 bilhões de dólares em todo o mundo. Mesmo sendo um medicamento caro, é o mais vendido no mundo. "A nova rota para produção de atorvastatina deverá reduzir o preço final do genérico e poderá causar impacto na balança comercial brasileira, em especial para o SUS", ressalta.
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