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domingo, 13 de março de 2011

Exposição conta os cinqüenta anos de história de Glauco Rodrigues

Mostra reúne obras de todas as fases da produção gráfica do artista

Alexandre Matos

Na próxima terça-feira (15/3) será aberta a exposição O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues, na Caixa Cultural, no Centro do Rio. É a primeira retrospectiva em homenagem ao artista gaúcho, Glauco Rodrigues - um dos expoentes da arte brasileira contemporânea, falecido em 2004. Mais de cinqüenta anos de história poderão ser vistos nas 123 obras distribuídas na Galeria 3 do espaço. A abertura começará às 19 horas com o lançamento do site oficial da exposição.

Muitas pessoas talvez nunca tenham visitado uma exposição de Glauco Rodrigues, mas com certeza devem ter admirado alguma obra do pintor. É dele o painel do aeroporto de Salvador, da Fundação Oswaldo Cruz e da Academia Brasileira de Letras.

O curador da exposição, Antônio Cava, informa que Glauco Rodrigues foi um artista completo. Além de pintor renomado, o gaúcho de Bajé foi também mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo. “É inesquecível o São Sebastião do disco do João Bosco, a tipografia do livro Morte e Vida Severina ou o cartaz do filme Garota de Ipanema”, ressalta.

Para ter uma idéia da importância de sua obra e de seu prestígio, o artista possui mais de 50 exposições individuais e incontáveis coletivas além de participar de várias bienais de arte no Brasil e no exterior. Portanto, O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues além de ser uma retrospectiva abrangente sobre o artista, é também uma homenagem a Glauco.

Engajamento político
Durante o regime militar, Glauco retratou em metáforas tudo o que acontecia. Apesar da censura, sempre denunciou a ignorância do regime. “Foi justamente por ter esta atitude de liberdade diante da vida, que Glauco conseguiu registrar o seu tempo da maneira mais genial e criativa”, lembra Cava.

Uma citação de Ferreira Gullar teve grande influência em sua obra: “...o que é vanguarda num país desenvolvido será vanguarda num país subdesenvolvido?”.  Glauco refletiu sobre o Brasil através da arte. Quando todos os artistas saíam da pintura e do cavalete, ele defendeu a idéia de que o que caracteriza a pintura contemporânea não é a relação com o espaço, mas a redescoberta da profundidade na própria tela. Para o pintor, o verdadeiro ato de vanguarda era um quadro com moldura. O artista inovou e fez uma pintura à altura da luminosidade brasileira.

Patrocinada pela Caixa Econômica Federal, a mostra fica exposta no Rio de 15/3 a 8/5, uma boa oportunidade para o carioca descobrir as maravilhas do universo de Glauco Rodrigues. Do Rio, a exposição segue ainda para São Paulo (28/6 a 21/8), depois para Curitiba (30/8 a 16/10).

Serviço:
Exposição: O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues
Abertura: terça-feira (15/3)
Horário: 19 horas
Local: Caixa Cultura
End.: Avenida almirante Barroso, 25 - Centro
Ao lado do metrô Carioca

OBS.: É necessário apresentar o convite abaixo no dia da abertura da exposição. É válido para duas pessoas.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Salário mínimo e bolsa família geram polêmica








 
Alexandre Matos
Muito barulho por nada, ou melhor, por quase nada. Apenas cinco reais. Finalmente foi publicada no Diário Oficial, em 28/2, a lei que reajusta o salário mínimo de R$ 540 para R$ 545. O novo valor e a política de valorização do mínimo começaram a vigorar no primeiro dia deste mês. Este foi o menor aumento real desde o início do governo Lula, em 2003. Os parlamentares festejaram com orgulho a aprovação do reajuste. Por outro lado, o programa assistencial Bolsa Família teve aumento de 45,5 %. Resta saber por que a assistência à família foi privilegiada pelo governo em relação ao salário mínimo.

Especialistas informam que esses cinco reais de reajuste multiplicados por milhões de beneficiados (aposentados e pensionistas) podem provocar um rombo na previdência social. O resultado desta equação é R$1,36 bilhão a mais às contas públicas só em 2011. No total, os R$ 545 resultarão em R$ 7,84 bilhões aos cofres públicos no mesmo período contra R$ 2,1 do Bolsa Família. A solução encontrada pelo governo foi aumentar o valor do programa assistencial. Ao contrário do salário mínimo, o programa não causa impacto algum à previdência e ainda impulsiona a economia. Como bônus, Dilma garante a satisfação dos que votaram nela.


O que significa o reajuste do mínimo para o trabalhador?
  
Com cinco reais a mais no bolso, o cidadão poderá comprar bananas, o quilo da fruta custa pouco menos que isso. Após um ano de intensa negociação e jogos políticos, poderíamos dizer que parlamentares e Dilma dão bananas àqueles que os colocaram no poder. De acordo com a Lei nº 12.382, o valor corresponde a R$ 18,17 por dia. Isto significa que o aumento que o cidadão receberá depois de uma hora de trabalho (R$2,48) não vai dar para comprar uma garrafa de água mineral (entre R$2,5 e R$3), por exemplo. Poderíamos acrescentar à análise uma total falta de consideração com o pobre desgraçado que recebe um salário mínimo.

Solução que não causa prejuízo e faz a roda da economia girar

Dados da Presidência mostram que, com o reajuste do Bolsa Família, os valores destinados às famílias de baixa renda passam a oscilar entre R$ 32 e R$ 242 por mês. Como o percentual varia de acordo com a situação da família beneficiada, o reajuste pode chegar a 45,5%. Com isso, o aumento real de 8,7% acima da inflação do período de setembro de 2009 a março de 2011, supera a correção dada pelo governo ao salário mínimo (0,37%).

Dados como estes revelam as estratégias e pretensões do governo. Um salário mínimo baixo. Assistencialismo como válvula de escape – também já foi utilizada nos Estados Unidos, mas aconteceu na década de 50 e 60. Dar assistência a quem precisa não é crime, muito menos obrigação. O compromisso é dar condições para viver com dignidade.

A situação de um país não é nada boa se 29% dos trabalhadores ocupados recebem R$ 545, segundo dados do IBGE em 2009. É muita gente vivendo com tão pouco dinheiro. O resultado é o de sempre: propagação da pobreza, proliferação de favelas, conseqüentemente doenças resultantes das péssimas condições de alimentação e moradia, além do aumento da criminalidade. Estas e outras pragas, provenientes de administrações equivocadas, são uma grande oportunidade para promover o assistencialismo. O resultado é a garantia de se perpetuar no poder.

terça-feira, 1 de março de 2011

Dicas de diversão para celebrar o aniversário do Rio

Alexandre Matos

A cidade do Rio de Janeiro completa 446 anos hoje, 1º de março. Para comemorar a data, o Tudo em Pauta faz um roteiro de lazer que foge um pouco dos pontos turísticos mais famosos. Tem opção para todos os gostos. Desde atividades radicais e oficina para a criançada a museus.

 
Visual deslumbrante da Lagoa Rodrigo de Freitas pode ser contemplado do alto do parque

Quem quiser um contato maior com a natureza, e gosta de esportes de aventura, não pode deixar de ir ao Parque da Catacumba, na Lagoa. Arvorismo e escalada são a sensação do momento.

Lá, estas atividades são cobradas, mas é gratuita a caminhada pela trilha do belíssimo parque que fica bem em frente a um dos cartões postais mais conhecidos da cidade, a Lagoa Rodrigo de Freitas. O circuito oferece diversão para toda a família.


Um programão para o fim de semana. Guias e monitores altamente qualificados garantem o conforto e a segurança dos novos desportistas.


O parque está localizado na Avenida Epitácio Pessoa, 3000, na Lagoa, e funciona de terça a domingo das 9h às 17h30.

Outra dica é a Pista Cláudio Coutinho, na Urca. O nome é uma homenagem ao ex-técnico da seleção brasileira de futebol, terceiro colocado na Copa de 78, disputada na Argentina. Conhecida também como Caminho do Bem-te-Vi e Estrada do Costão, a pista possui 1.250 metros de extensão e está ao pé do Pão-de-açúcar.


Uma jóia escondida entre a rocha e o oceano Atlântico
O local é frequantado principalmente por desportistas, corredores e gente de bom gosto. Há, ainda, os que vão lá para pescar nas pedras que descem em direção ao mar. O visual é deslumbrante e os únicos barulhos são das ondas e dos micos querendo uma comidinha.

A preocupação com a preservação ambiental é tão grande, que é proibido entrar de bicicleta no local, assim como animais domésticos. Para ter uma idéia, diversos exemplares de pau-brasil foram plantados e dividem o espaço com espécies nativas e exóticas. A árvore que deu nome ao nosso país merece ser contemplada de perto. Faça uma visita, a entrada é grátis.

O Instituto Moreira Salles – IMS – está localizado no bairro da Gávea e possui uma área de 10.500 m², com jardins abertos ao público. Construída em 1951, a casa, que hoje abriga o centro cultural, era a residência da família Moreira Salles. Hoje, o espaço abriga exposições, sala de aula, biblioteca, auditório, cafeteria, loja de arte, ateliê e dependências para hóspedes. O espaço tem um charmoso cinema às margens de um córrego.
 
Educação através da arte
Cercado pela mata atlântica, o IMS é uma espécie de paraíso cultural. A especialidade do Instituto é fotografia. A instituição preserva os mais abrangentes acervos fotográficos do século XIX. São desenvolvidas, ainda, algumas atividades voltadas para o público infantil. Além dos passeios ao espaço, são oferecidos exercícios lúdicos e criativos para estimular as crianças a desenvolver um pensamento reflexivo sobre as obras.

O Instituto Moreira Salles fica na Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea.


Outra recomendação para os pequenos é o Museu da Vida, na Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.
Só o fato de conhecer o centenário castelo mourisco já é motivo suficiente para ir a Manguinhos. No entanto, a Fundação propõe muito mais que isso.

O Museu da Vida oferece educação em ciência, saúde e tecnologia de forma divertida e inventiva através de exposições permanentes. Os pequenos mergulham no mundo da ciência através de atividades interativas, multimídias e em laboratórios.


A Instituição promove, ainda, peças de teatro e apresentação de vídeos relacionados à saúde, ciência e tecnologia. As crianças têm direito a um inesquecível passeio de trem pela Fundação. Todas as atividades são grátis. O museu abre de segunda a sexta, das 9h às 16h30. Aos sábados, funciona das 10h às 16h.

Presente de aniversário para o Rio de Janeiro
Depois de três anos fechada para restauração de obras, a galeria de artes do século XIX, do Museu Nacional de Belas Artes, reabre suas portas ao público. Situado na Cinelândia, a Paris carioca, o prédio de arquitetura francesa é uma atração a parte. Nele estão as grandes obras românticas, tanto em tamanho quanto em beleza.

 
A grandiosidade do museu começou com as obras de arte trazidas por D. João VI. Anos mais tarde, o conjunto foi ampliado com a coleção da Missão Artística Francesa. Ao longo do século XIX e início do século XX, o museu foi enriquecido com importantes incorporações. A galeria concentra num só espaço os mais significativos autores e obras produzidas no país, como Pedro Américo, Vitor Meireles e Almeida Júnior, o que faz do museu o mais importante do Brasil.

O museu abre para visitação de terça a sexta, das 10h às 18h. Sábados e domingos o funcionamento é das 12h às 17h. O ingresso custa R$ 5, meia custa R$ 2. Aos domingos a entrada é grátis. Um programa imperdível.