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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nova arma contra a dengue


Farmanguinhos transfere tecnologia do Bioinseticida BTI
O inseticida biológico, usado contra o vetores da dengue, malária e filariose, deve ser comercializado em dois anos

Alexandre Matos
Farmanguinhos, assinou, na última sexta-feira (15/4), acordo de cooperação tecnológica e licença de patente com a empresa BR3 S/A, vencedora do edital para a produção do Bioinseticida BTI, desenvolvido pelo Instituto. A empresa passa a ter exclusividade dos produtos de origem biológica criados para combater os mosquitos transmissores da dengue, malária e filariose, três das principais doenças tropicais que matam milhares de pessoas todos os anos no Brasil.

Acompanhado de Paulo Gadelha - presidente da Fiocruz - e outros representantes da Fundação, o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, parabenizou os envolvidos no estudo do novo produto e destacou a importância desta parceria para controlar o vetor da dengue. O diretor lembrou a atuação da área de biotecnologia de Farmanguinhos, inclusive nos esforços para internalizar a tecnologia da insulina humana recombinante.

A pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do Bioinseticida BTI, Elizabeth Sanches, explicou a ação do BTI e o impacto sobre o homem. “O produto atua especificamente sobre as larvas dos mosquitos, o que permite mais eficácia e maior abrangência. Além disso, não causa impactos ao meio ambiente nem oferece risco à saúde do homem, pois é de origem biológica e esperamos que ele substitua o químico”, ressaltou.

O diretor-presidente da BR3 S/A, Rodrigo Perez, afirmou que pretende colocar o bioinseticida ao alcance da população, em supermercados, por exemplo. “Vamos produzir conforme a demanda do mercado. Mas o nosso principal objetivo é privilegiar campanhas de saúde pública”, informou. Perez disse ainda que outro propósito é exportar o BTI, visto que a dengue está presente em vários países.

A expectativa é que o bioinseticida BTI comece a ser comercializado dentro de dois anos. Para isso, a BR3 vai investir inicialmente R$ 2 milhões. Perez disse que, na segunda etapa, vai aumentar os investimentos com a construção de uma planta de processo no município de Taubaté, no estado de São Paulo.

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